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12. Amnésia, antes que eu me esqueça…

Algum tempo depois da gravação do CD Quermesse Maluca, voltei a integrar uma banda cover de rock. Por sugestão do baterista Fernando “Pastel” de Lima, com quem eu já venho tocando há vários anos, fomos atrás de velhos amigos e parceiros de outros grupos, para constituir uma nova formação.

Da ex-banda Pé com Pano, chamamos o Marcelo Tarcitano (guitarra solo) e o Marcos Puntel (guitarra base e contrabaixo). Para completar a formação, juntou-se a nós o Sérgio Schaaf, mais conhecido por Sé, um contrabaixista que foi meu vizinho de condomínio, mas com o qual eu nunca havia tocado antes.

A sugestão do nome Amnésia para a banda partiu do Marcelo Tarcitano e foi aceita de imediato pelos componentes do grupo. Logo, o Marcos Puntel, que é editor de arte, criou um logotipo e um slogan para a banda: “Amnésia, rock na veia”. Com a arte elaborada pelo Marcos, encomendamos a confecção de uma série de camisetas, para usarmos em apresentações ou darmos de presente a amigos.

Depois de um bom período de ensaios, com o objetivo de formar o repertório do grupo, topamos encarar uma nova incursão no Pró-Stúdio, o estúdio de gravação do Cássio Martin, nosso velho conhecido. Em 2014, gravamos 12 faixas de covers, para servirem de cartão de visitas da banda.

Como foi um processo mais rápido, sem a intenção de produzir um CD no final, as gravações disponíveis não tiveram um acabamento completo, definitivo. Das 12 faixas registradas, separei 4 que me parecem ter atingido um melhor nível de execução. Confiram as faixas gravadas pela banda Amnésia.

A primeira delas é “Honky Tonk Women” (1969), dos Rolling Stones, de autoria de Keith Richards e Mick Jagger. Curiosamente, a canção foi composta no Brasil, durante um período de férias da dupla numa fazenda do município de Matão, interior de São Paulo.

 

A segunda canção é “While my guitar gently weeps” (1968), dos Beatles, composta por George Harrison e incluída no álbum duplo The Beatles, mundialmente conhecido como o Álbum Branco. O solo original de guitarra dessa música foi feito por Eric Clapton, convidado a participar da gravação pelo próprio compositor da canção. Na gravação da banda Amnésia, o solo de guitarra foi substituído por um solo de gaita. Com o tempo, nas apresentações ao vivo, a banda resgatou o solo de guitarra e passou a executar a canção com dois solos em sequência.

 

A terceira canção é “Unchain my heart” (1961), de autoria de Bobby Sharp e gravada por Ray Charles e Joe Cocker, entre outros cantores.

A quarta canção é “Mensagem de amor” (1984), de Herbert Vianna, e integra o álbum O passo do Lui, da banda Os Paralamas do Sucesso.

Um ponto em comum dessas 4 gravações foi a inclusão de solos de gaita em todas elas, o que fez com que os arranjos se diferenciassem dos originais.

Em determinado momento, Marcelo Tarcitano saiu do grupo e foi substituído por Betinho Almeida, que havia sido componente original da banda Gato na Tuba. Para não continuar com o nome criado por Marcelo, decidimos aposentar (pelo menos temporariamente) a denominação Amnésia e resgatar o nome Gato na Tuba, considerando o fato de que três membros originais daquela banda estavam fazendo parte dessa nova formação. Com o passar do tempo, porém, Marcelo voltou a tocar com a banda em determinadas ocasiões e, desde então, a formação que se apresenta em público varia. Às vezes, tocamos em 4, às vezes, em 5 e, às vezes, com o time completo, em 6.

Abraços e feliz 2020 a todos!

HF.