counter free hit invisible

3. Formações transitórias da banda Gato na Tuba

Na postagem anterior, deixei de adicionar uma legenda à foto mais antiga da banda Gato na Tuba. Aí vai: à esquerda, Hugo Sinisgalli (na guitarra); ao centro, eu (nos vocais e na guitarra, uma Giannini modelo Les Paul); ao fundo, Pastel (agitando as baquetas, na bateria); e, à direita, Tubarão (no contrabaixo).

Por um breve tempo, ainda com o nome de “Fãs&Farra”, tivemos um terceiro guitarrista (que não aparece na foto): Mário Sérgio Brisola Damasceno, nosso amigo Masé, que havíamos conhecido em São Vicente, no Edifício Estrela-do-Mar, onde costumávamos passar as férias escolares. Masé tocou conosco, em 1981, numa festa dos alunos do Instituto de Matemática e Estatística da USP, que eu cursei por dois anos. A festa se realizou numa casa enorme da rua Professor Sud Mennucci, na Vila Mariana, cujo estilo de construção lembrava um castelinho. Anos depois, a casa deu lugar a um prédio de apartamentos. A principal lembrança desse evento foi o tombo que Masé levou numa escada, ralando a perna, o que nos levou a zoar com ele e dizer que o desastrado havia feito um rock na canela.

Nesse período, chegamos a tocar pelo menos duas vezes no extinto Zinzim Bar, na esquina das ruas Bom Pastor e Costa Aguiar, no Ipiranga. Numa delas, contamos com a participação de Serge Mor, mais conhecido como França, guitarrista mais velho e mais experiente, com quem íamos tocar num festival de rock, no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, mas do qual tivemos que fugir correndo, depois de descobrir que a maioria das bandas eram de punks, que não tolerariam uma apresentação “bem-comportada”, com canções dos Beatles e de rockabilly.

Durante um breve período, em 1986, a banda passou a se chamar “Zíper” e, com esse nome, tocou numa antiga casa de shows de São Paulo chamada Latitude 3001, que funcionava numa edificação em forma de caravela, na esquina da rua Joinville com a avenida Vinte e Três de Maio, na Vila Mariana. A edificação não existe mais e deu lugar a um grande hotel. Nessa apresentação, a banda já começou a contar com a participação de Betinho Almeida, na guitarra e nos vocais. Por razões que não recordo, Pastel se afastou temporariamente da banda. Quem assumiu seu lugar na bateria foi um rapaz forte chamado Carlão. Tubarão passou o contrabaixo para um carinha apelidado Nil e se arriscou a tocar teclados. Que eu me lembre, foi a única vez que a banda tocou com essa formação.

Carlão e Nil logo deixaram o grupo, Tubarão retomou o contrabaixo, e, durante um determinado período, a bateria passou a ser tocada por um cara chamado Helião (infelizmente, já falecido), que gostava bastante de improvisar e quebrar a levada, criando contratempos muitas vezes surpreendentes. Com essa formação, já batizada de Gato na Tuba, a banda tocou várias vezes num barzinho chamado Mountbawns, que funcionava na rua Fidalga, na Vila Madalena, e também se apresentou para uma grande plateia, num show ao ar livre na cidade de Porto Feliz, durante um evento importante da cidade: a Festa da Uva. A apresentação foi transmitida ao vivo pela rádio local e totalmente gravada.

Com essa formação, a banda Gato na Tuba entrou novamente no estúdio, em 1992, para gravar mais alguns covers, entre os quais, uma versão de “Ponto fraco”, do Barão Vermelho. Ouçam a seguir essa versão e a gravação ao vivo dessa mesma canção, registrada diretamente do palco, durante a apresentação da banda em Porto Feliz.

Na gravação de estúdio, gosto muito do peso do baixo do Tubarão, que deixa a música com uma pegada envolvente. Na gravação ao vivo, destaca-se a bateria do Helião, que inventa e improvisa variações durante a execução. Além, é claro, da abertura do show, realizada pelo apresentador do evento, que fez com que nos sentíssemos verdadeiras estrelas do rock.

Divirtam-se!
Abraços,
HF.